“A luta continua”. Con ese llamado a resistir las políticas económicas y sociales anunciadas por el ya ganador de las elecciones en Brasil – Jair Bolsonaro – la Central Unica de los Trabajadores (CUT) emitió un comunicado apenas conocido el resultado.
“Lo que Michel Temer hizo, se quedará pequeño ante lo que vendrá por delante” había afirmado la central obrera, apenas unos pocos días antes del ballotage. Temer, en sólo dos años de gobierno, con el concurso del Congreso Nacional y el Poder Judicial “acabaron con derechos consolidados en 70 años de lucha de la clase trabajadora” afirmaron los representantes de los trabajadores, para finalizar afirmando que “con el ex capitán del Ejército (Bolsonaro) en el poder, los movimientos sindicales y sociales y las organizaciones democráticas corren el riesgo de ser exterminados por un candidato que reivindica las dictaduras militares, declara la guerra a la clase trabajadora, las organizaciones sociales y los partidos de izquierda”.
Nada fue suficiente y Bolsonaro se consagró presidente de Brasil, con consecuencias políticas y económicas imposibles de mensurar para la región. En ese contexto y a pocas horas de este domingo que nos trae una compleja realidad a sobrellevar, la CUT llama a seguir defendiendo los derechos de los trabajadores y de la sociedad toda. El comunicado firmado por Vagner Freitas – Presidente da CUT, que finaliza afirmando que se “tiene un enorme desafío por delante. Es hora de la unidad de las fuerzas democráticas populares para resistir. La CUT continuará con su trayectoria de lucha y llama a sus bases a continuar movilizadas y a resistir cualquier ataque contra los derechos y la democracia. Viva la clase trabajadora brasilera. Lula libre”.
Vagner Freitas – Presidente da CUT
Comunicado completo:
A LUTA CONTINUA!
“A Direção Executiva da CUT, diante do resultado oficial das eleições presidenciais, aprovou a seguinte nota política, que deve ser amplamente divulgada para todos os trabalhadores e trabalhadoras da base de cada um dos sindicatos afiliados.
A maioria dos eleitores brasileiros acaba de entregar a presidência da República para alguém que, agora e ao longo de sua carreira política, sempre votou contra os direitos da classe trabalhadora, se opôs às políticas sociais, votou a favor do congelamento dos investimentos em saúde e educação, da entrega do pré-sal e das reservas petrolíferas aos estrangeiros ofendeu e ameaçou militantes de esquerda, as mulheres, os negros e os LGBTs. No entanto, quase a metade da população votou contra o projeto que levará o Brasil ao retrocesso político e civilizatório.
Ao longo da campanha, os meios de comunicação foram utilizados diuturnamente para atacar a candidatura popular. Os empresários pressionaram seus funcionários com todo tipo de ameaças. O nome de Deus foi usado em vão. As redes sociais foram inundadas de mentiras, numa estratégia articulada e paga por empresas com o objetivo de difamar o PT e seu candidato, Fernando Haddad. O sistema judiciário, além de ter impedido, arbitrariamente, a candidatura de Lula, manifestou fraqueza e conivência ao não punir exemplarmente aqueles que ameaçaram abertamente as instituições ou cometeram crime eleitoral. A impunidade contribuiu para o aumento de atos de intimidação e violência contra eleitores do PT e para o crescente clima de ódio que dividiu o país.
Enganam-se aqueles que acharam que destruiriam nossa capacidade de resistência e de luta. O PT saiu mais forte desse processo como a principal força de oposição ao governo de recorte neoliberal e neofascista. A CUT e os movimentos sociais também se fortaleceram. Lula e Haddad consolidaram-se como as grandes lideranças no campo democrático-popular. A CUT manterá a classe trabalhadora unida, preparando-a para a luta, nas ruas, nos locais de trabalho, nas fábricas e no campo contra a retirada de direitos e em defesa da democracia.
O governo que tomará posse no dia 1º de janeiro de 2019 vai tentar aprofundar o programa neoliberal que está em curso desde o golpe contra a presidenta Dilma: a reforma da previdência, a retirada de mais direitos, a continuidade das privatizações, o aumento do desemprego, o arrocho salarial, o aumento do custo de vida, a piora da educação e da saúde, o aumento da violência e da insegurança. Além disso, vai tentar perseguir e reprimir o movimento sindical, os movimentos sociais, bem como os setores democráticos e populares em geral.
Temos um enorme desafio pela frente. É hora de unidade das forças democrático-populares para resistir. A CUT dará continuidade a sua trajetória de luta e conclama suas bases a continuarem mobilizadas e a resistirem a qualquer ataque contra os direitos e a democracia.
Viva a classe trabalhadora brasileira!
Lula livre!
Vagner Freitas – Presidente da CUT”